100 ANOS DE SOLIDÃO
* emprestando de Gabriel Garcia Marquez Ai, Aureliano... Quantas dores... Qual remédio??? Remédios??? Onde??? Mil perdidos de mim e de ti... Ai, suspira tua donzela amorosa... Suspira o soldado buscante... Ai, quixotesco e bufante... Salve soldado errante... E as colinas tão distantes separam nossas almas... Colinas da mente e do povo... Colinas da paixão... E não só os montes, mas também os vales... Vales das almas... Terreiro onde repousam nossos antepassados... Quantas dores... Nossas dores... Dor sem fim... Morro por ti quando morre por mim... E cada segundo eficaz nos desfaz nas garras daqueles que não nos querem mais... Doce amigo dourado... Áureo como teu nome... Ouro das nações que não esqueceram suas origens... Vem... Caro conde de horrores e maravilhas... Veste branca celestial... Leva-me daqui antes que seja tarde demais... Acre-doces Remédios... Bálsamo da minha dor... Onde pára tua ingenuidade??? Onde vinga a erva-doce da tua doçura??? E nada me diz teu nome... Nem ouros, nem pedras preciosas como teus olhos bravios... E meu coração já não dorme nem come... Fome das tuas mãos... Da tua voz que não ouço... Ai, teu chamado me saúda e a saudade se refaz... Enquanto eu aqui me deito, nos braços finais, somente meus cabelos, brilho de meu desejo, não param de crescer jamais... Ai, meu amor... Doce amor... Terreno bravio, como os teus olhos bravios, de paixão... Braços tantos eternos...