CANÇÃO
Canto para a chuva as mesmas palavras que sussurras aos meus ouvidos... Aquela mesma canção singela que nunca se negou a me embalar... E quando olhei para as nuvens que forravam o céu daquela doce tarde chuvosa de primavera, sabia que ainda ali, existias... E que melhor ainda... Que nunca deixarias de existir... Tomava minha mão com a sua, inefável... Segurava meus cabelos e os puxava, e assim, os fazia crescer... E eu, tentei não me negar a TI... Sopa quente de alma de(rre)tida, a escorrer por meu rosto, enfim... São os cabelos!!! Gritou outra pessoa... São só os cabelos!!! E eu perguntei, enfim, o que era aquilo... Vida real ou conto de fadas da Rapunzel... Todos riram... Menos eu... Mas ainda assim, eu sabia... Não era bem assim o fim(-de-semana)... Não bastava águas tremulas na piscina, nem águas lentas na torradeira... ISSO! Torradeira, sem eira nem beira... E VOCÊ... Ainda ali... Olhando sem parar... por mim... isso sim me impressionou... Foi aí, que eu finalmente caí... Em TI, em mim... É... percebi que o mundo é mais do que uma bola imensa azul, onde todos correm e por correrem todos para o mesmo lado, fazem o planeta girar... Puxei minha capa... Cor de vinho e não vermelha como a da Chapeuzinho... E coloquei meus cachos castanhos para dentro do capuz para que ninguém pudesse vê-los... Não me definam pelos meus cabelos... Cachos de ouro ou de cristal... Valioso sapatinho caminhando pelo lamaçal... Correndo e fugindo do coelho... Não mais a persegui-lo... Deixei de ser Alice em seu mundo fantástico... Sopa sinuosa em uma estrada de cogumelos deliciosos... HUM... E ainda assim, olhavas sim... Sedenta e cega... Volúvel e fraca... àgua salgada... Fada encantada... Vida e enfado sem fim... e ainda assim... olhas por mim... Um amor vazio... Um tempo frio... Um ogro verde... Sono eterno em espera... Ai, prícipes encantados foram todos mortos em batalha... E ainda assim, olhas por mim... Caverna escura... Anões na neve... Sereia bela... Cinderela... Clareira fraca... Músculo vesgo... Ladrão de corpos... E ainda assim... Olhas por mim... E a nuvem se foi... O sol brilhou... A sopa quente secou... Mas ainda assim... Tempo eterno, sem fim... Na estrada, lá ao fim... Ainda assim, olhas por mim...
1 Comments:
dois comentários:
1) ogro verde = SHREK!!!!
2) essa sopa é de letrinhas? nham!
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