Monday, September 11, 2006

CÍNICO

Se o teu sorriso ainda impregna meus sentidos é porque os sussurros em meus ouvidos ainda não se calaram... Estátua... Não, estatuária... Semente ao vento das percepções... Ouvidos mudos da cidade perdida de outrora... Onde estão os muros??? E a demora??? Se nada dizem e se nada calam... O que falam??? Serena e tranqüila no mar azul onde estão tuas raízes... Aí, sim... Repousa feliz o suspiro final do que sofre... Ai, serenata singela... Cobre tua cabeça com o manto dos teus dias de dor... E cada lágrima lava a impureza da poeira dos móveis do teu infinito... Ai, cristal... Brilha... Como o sol amarelo no céu... Espere que tua nave não esteja no lugar errado, na hora errada, no momento incerto do adeus... Tão oportuno o inoportuno, não??? E onde escondeste o qu evai mais ao fundo do teu coração??? Na cabeça, claro... Lugar em que ele não passa nem perto... Porque sabe-se que para se ter fé é preciso querer acreditar e acreditar querendo... Se só acredito porque quero não é suficiente... E por isso, como sou assim, deixo estar e sigo o que eu quer no momento mais incerto... Como é oportuno o inoportuno, não??? E você apenas ali, parada numa sala- de- estar, TV, sono e leitura... Toda parada e dura... Estátua... Calada e pura... Vendo tudo o que está para começar... Ai, nada mais perfura o silêncio, quando ele só existe porque não há mais nada para ser calado... O que foi mesmo dito??? SILENCIO!!! NO HAY BANDA!!! *às flores amarelas

1 Comments:

At 15/9/06 10:55 PM, Anonymous Anonymous said...

que desabafo que faz sofrer!
só escrevendo pra imaginar uma situação dessas mesmo... esse grito só se faz pelas suas mãos mesmo. ou não.
beijos.

 

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